sábado, 13 de novembro de 2010

Glastonbury Parte II - José de Arimatéia e o Graal

Taça de Nanteos encontrada em Glastonbury

Segundo a tradição cristã, José de Arimatéia (Yossef Rama-Thea) foi o anfitrião da Santa Ceia, que mais tarde, segundo a lenda apócrifa, teria recolhido o sangue de Jesus em uma “copa”. Foi José quem reclamou a Pôncio Pilatos o corpo de Jesus, depois de sua morte na cruz, daí vem sua importância histórica. Após o enterro, o nome de José não apareceu mais nas fontes bíblicas e sua relíquia sagrada também havia desaparecido das fontes. O cálice apareceria(teoricamente) muitos séculos depois em Bretanha, mas como e por que ainda são as perguntas mais freqüentes aos estudiosos desse tema. As crônicas descrevem que José de Arimatéia foi libertado no ano 70 d.C, quase 40 anos depois de sua prisão. Livre, José em companhia de seu filho emigraram em direção ao Ocidente (Grã-Bretanha), ali teria edificado a primeira Igreja Cristã, em Glastonbury, onde teria ele guardado o Graal. Há várias versões, e uma delas conta que José passou o Graal a Bron, marido de sua irmã e que se converteu o “Rei Pescador” quando conseguiu alimentar muitas pessoas com um único peixe de seu cálice; estes foram até Avalon, onde esperariam pelo novo guardião da relíquia que ficaria conservada em um templo em Muntasalvach, a Montanha da Salvação, vigiada por uma Ordem de Cavaleiros do Graal. O Rei Pescador seria o guardião do cálice, deitado imóvel e à beira da morte, só poderia abandonar essa condição se fosse encontrado e curado por um cavaleiro puro e de reputação ilibada: Percival (Parsifal). Contam que José enfrentou vários desafios para que não lhe roubassem o Graal, até que em uma noite o Espírito do Bem comunicou-se com ele e pediu que o Graal deveria ser levado ao país “Oeste-Além-dos-Mares”. Então José partiu e ouviu de uma voz que deveria se despojar de sua túnica branca (comum aos Iniciados), a túnica fora colocada sobre as águas e todos que ali estavam foram conduzidos até uma terra gelada e com fortes ventos que sopravam do Norte. José recuperou sua túnica e adentrou ao lugar desconhecido, Glastonbury, situado ao Sul da Inglaterra, perto do Canal de Bristol, onde seu cajado teria afundado no solo e se transformado em uma frondosa árvore de espinhos com flores brancas. Assim, José guardou o cálice em um cofre coberto por pedras preciosas e prosseguiram dali sem perceber que um sacerdote druida os observava. As lendas contam que José teria recebido terras nas quais havia florescido o Espinho e que é neste lugar que o Graal está enterrado. Toda viagem de José, representou uma peregrinação, uma busca por algo necessário ao interior de seu coração, de sua alma. Resumindo aqui: José de Arimatéia realizou a viagem por motivos similares(a voz lhes indicava que deveriam viajar), já a túnica branca e o boiar é alegórico de uma viagem espiritual pelo mundo intermediário, em estado de pureza. O local que José encontrou, chamava Glastonbury, que alguns traduzem como “Cidade de Vidro”, do bretão “Ygnis Gutrin”, ínsula vítrica, que os ingleses transformaram em “Glastonbury”, a “Cidade Vidro”, de “Glass”, vidro, e “Buria”, cidade. Então podemos refletir e pensar de outra maneira: “Glass”, copo ou vaso, “Ton”, de “Tomb”, tumba, e “Burry”, enterrar, sepultar, ou seja, “O lugar onde está enterrado ou oculto o copo ou cálice”, em outras palavras, “Local onde se ocultou o Graal”.

Árvore de espinhos que teria nascido do cajado de José de Arimatéia em Glastonbury.

Texto por mim escrito baseado no livro: Avalon e o Graal - E Outros Mistérios Arturianos.
Por HCA®™

2 comentários:

Felipe Zahtariam disse...

Olá!

Gostei dos posts sobre Glastonbury! Me deu até vontade de escrever algo parecido - já pensei em magos druídas, cavaleiros e fadas no meio da história... hihihi

Obrigado pelo comentário no Blaster! Agora, depois das mudanças, falta é assunto hi... Mas estou me esforçando pra continuar escrevendo.

Ah, notei que ali na sidebar o banner do Blaster está linkado ao Design com Z. Você poderia arrumar esse link, voltando ele para o Blaster? Desculpa qualquer incômodo.

Espero ler mais alguma coisa como este post por aqui. Engraçado como seu blog sempre acaba me inspirando a escrever quando faz tempo que não escrevo histórias... :)

Max Coutinho disse...

Oi Angel!

Amei este post! Aliás, já te disse que tudo o que diga respeito a Glastonbury e Avalon interessa-me e muito!

Tenho livros acerca deste tema que nunca cessa de me espantar.
Sabias que a população local era chamada de "o povo pequeno"? Eles eram mais baixos que os Saxões e de pele mais escura (dizia-se até serem descendentes do povo de Atlântida - mas não sei não).

Não me admira nada que o cajado de Yossef tenha produzido uma árvore de espinhos; o cajado d Pedro não produziu uma amendoeira? E o cajado de Aarão não floresceu? Isso é normal nos homens santos...e muito simbólico também.

Obrigada por este post maravilhoso! :D

Querida, vou estar ausente por umas semanas, estarei de volta no fim de Dezembro - mas os posts continuarão a sair (não há nada melhor que o autopost lol).

Boas Festas!

Beijos