quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Parte III - Chalice Well: O Manancial do Cálice

Vesica Piscis

Conta-se que Tor (a colina) era um local originalmente druídico e que por esta razão, algumas sacerdotisas viveram nele e cuidavam de um jardim encantado e de um manancial de águas que teriam propriedades medicinais. Alguns o chamam de “Manancial Vermelho”, pois possuí água de coloração avermelhada, rica em ferro, diferente das águas do White Spring, que também fica em Glastonbury. A fonte é marcada por um símbolo chamado de Vesica Piscis, um símbolo hermético e considerado fundamental na geometria sagrada, pois ele representa a dualidade e o simbolismo da divindade e de paz universal. Houve tempos de seca extrema e a única fonte de água vinha desse local. Mais de 100.000 litros de água fluem desse local mágico independentemente do clima exterior. Até hoje não se sabe ao certo qual a profundidade desse manancial. Debaixo da tampa há duas câmaras orientadas pelo Norte e pelo Sul, semelhante as unidades de medida do Antigo Egito. Na fonte chamada “Cabeça de Leão” onde encontra-se um dos três espinhos, florescido milagrosamente do bastão de José de Arimatéia, quando este o introduziu ao chegar em Glastonbury. A fonte deságua no Jardim do Rei Arthur, onde existia uma piscina usada pelos peregrinos. Acredita-se que as águas desse manancial têm poderes medicinais não só pelos minerais em suspensão, mas principalmente pelos poderes que emanam de toda Glastonbury. Chalice Well é situado na intersecção de duas linhas imaginárias, que unem, de um lado Tor e a Abadia, e por outro lado à colina de Wearval Hill, onde segundo as lendas, teria chegado José de Arimatéia, e onde estão as árvores Gog e Magog, que marca o local da antiga entrada dos peregrinos. Esse local é repleto de mistério, cheio de poder e força vibratória relacionada à energia telúrica.

Manancial Vermelho

Jardins de Chalice Well

Tour Virtual: Chalice Well

Texto por mim escrito baseado no livro: Avalon e o Graal - E Outros Mistérios Arturianos.

Por HCA®™

sábado, 13 de novembro de 2010

Glastonbury Parte II - José de Arimatéia e o Graal

Taça de Nanteos encontrada em Glastonbury

Segundo a tradição cristã, José de Arimatéia (Yossef Rama-Thea) foi o anfitrião da Santa Ceia, que mais tarde, segundo a lenda apócrifa, teria recolhido o sangue de Jesus em uma “copa”. Foi José quem reclamou a Pôncio Pilatos o corpo de Jesus, depois de sua morte na cruz, daí vem sua importância histórica. Após o enterro, o nome de José não apareceu mais nas fontes bíblicas e sua relíquia sagrada também havia desaparecido das fontes. O cálice apareceria(teoricamente) muitos séculos depois em Bretanha, mas como e por que ainda são as perguntas mais freqüentes aos estudiosos desse tema. As crônicas descrevem que José de Arimatéia foi libertado no ano 70 d.C, quase 40 anos depois de sua prisão. Livre, José em companhia de seu filho emigraram em direção ao Ocidente (Grã-Bretanha), ali teria edificado a primeira Igreja Cristã, em Glastonbury, onde teria ele guardado o Graal. Há várias versões, e uma delas conta que José passou o Graal a Bron, marido de sua irmã e que se converteu o “Rei Pescador” quando conseguiu alimentar muitas pessoas com um único peixe de seu cálice; estes foram até Avalon, onde esperariam pelo novo guardião da relíquia que ficaria conservada em um templo em Muntasalvach, a Montanha da Salvação, vigiada por uma Ordem de Cavaleiros do Graal. O Rei Pescador seria o guardião do cálice, deitado imóvel e à beira da morte, só poderia abandonar essa condição se fosse encontrado e curado por um cavaleiro puro e de reputação ilibada: Percival (Parsifal). Contam que José enfrentou vários desafios para que não lhe roubassem o Graal, até que em uma noite o Espírito do Bem comunicou-se com ele e pediu que o Graal deveria ser levado ao país “Oeste-Além-dos-Mares”. Então José partiu e ouviu de uma voz que deveria se despojar de sua túnica branca (comum aos Iniciados), a túnica fora colocada sobre as águas e todos que ali estavam foram conduzidos até uma terra gelada e com fortes ventos que sopravam do Norte. José recuperou sua túnica e adentrou ao lugar desconhecido, Glastonbury, situado ao Sul da Inglaterra, perto do Canal de Bristol, onde seu cajado teria afundado no solo e se transformado em uma frondosa árvore de espinhos com flores brancas. Assim, José guardou o cálice em um cofre coberto por pedras preciosas e prosseguiram dali sem perceber que um sacerdote druida os observava. As lendas contam que José teria recebido terras nas quais havia florescido o Espinho e que é neste lugar que o Graal está enterrado. Toda viagem de José, representou uma peregrinação, uma busca por algo necessário ao interior de seu coração, de sua alma. Resumindo aqui: José de Arimatéia realizou a viagem por motivos similares(a voz lhes indicava que deveriam viajar), já a túnica branca e o boiar é alegórico de uma viagem espiritual pelo mundo intermediário, em estado de pureza. O local que José encontrou, chamava Glastonbury, que alguns traduzem como “Cidade de Vidro”, do bretão “Ygnis Gutrin”, ínsula vítrica, que os ingleses transformaram em “Glastonbury”, a “Cidade Vidro”, de “Glass”, vidro, e “Buria”, cidade. Então podemos refletir e pensar de outra maneira: “Glass”, copo ou vaso, “Ton”, de “Tomb”, tumba, e “Burry”, enterrar, sepultar, ou seja, “O lugar onde está enterrado ou oculto o copo ou cálice”, em outras palavras, “Local onde se ocultou o Graal”.

Árvore de espinhos que teria nascido do cajado de José de Arimatéia em Glastonbury.

Texto por mim escrito baseado no livro: Avalon e o Graal - E Outros Mistérios Arturianos.
Por HCA®™