"Eu a amei e por isso tomei em minhas mãos estas marés de homens e minha vontade nas estrelas pelo céu imprimi, Afim de ganhá-la, Liberdade, a casa digna dos sete pilares, para que seus olhos pudessem brilhar Quando chegássemos.
A morte parecia me servir pelo caminho, até ficarmos perto e a vermos à espera; E quando você sorriu, por triste inveja ele se adiantou e para um lado a levou; Ao seu repouso. O amor, em exaustão, por um corpo tateou, breve onda, nossa por um momento, Antes que a mão insidiosa da terra a seus contornos explorasse e os cegos vermes engordassem Com a substância. Homens me rogaram que o trabalho iniciasse ,a casa inviolada, como uma memória de você. Mas por um momento justo a destruí, inacabada agora As ínfimas coisas se arrastam para erguer choupanas na sombra desfigurada De nossa dádiva".
"A sabedoria a sua casa ergueu e os sete pilares lavrou"
Durante a Primeira Guerra Mundial os ingleses unem-se aos Árabes na tentativa de vencer o Império Turco Otomano aliado da Alemanha, e assim libertar as terras existentes de Meca a Damasco. O livro trata sobre a Revolta Árabe, cujo o autor participou ativamente.
Thomas Edward Lawrence dá inicio a sua carreira militar, como tenente do serviço secreto britânico no Oriente Médio. Lawrence era arqueólogo e já havia trabalhado à beira do Eufrates. (Lawrence já guardava dentro de si uma paixão e um grande interesse pela cultura árabe)
Sendo escritor, militar e admirador da cultura árabe, Lawrence aproximou-se de Faissal, filho do xarife de Meca e um dos lideres da revolta. Logo o conhecimento e os ideais de Lawrence conquistam Faissal que torna-o seu conselheiro e comandante de um grande exército.
Como articulador ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais. Uma Revolta que só termina com a tomada de Damasco. Após a guerra, Lawrence entra em conflito com o Governo britânico, por apoiar a causa árabe. Pede demissão do Exército; logo Lawrence constata o fracasso de seus ideais. Em 1919 torna-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz em Paris, onde vê antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas, com a divisão dos territórios árabe.
Em 1922 recebe um convite de Winston Churchill para ser conselheiro de assuntos árabes na Conferencia do Cairo. (Lawrence foi um dos homens mais brilhantes de nosso século, diz Winston Churchill). Em 1935 o arqueólogo, escritor e militar morre vítima de um acidente de moto na Inglaterra, ainda hoje afirmam que a morte de Lawrence não fora acidental. (Há muitos mistérios que envolvem a vida de Lawrence, principalmente sobre sua morte e sobre sua verdadeira identidade.) Em 1962 o épico do deserto é levado às telas de cinema. Sob a direção de David Lean, o filme Lawrence da Arábia ganhou sete oscar e a consagração do American Film Institute como um dos dez melhores filmes de todos os tempos. (Esse é um belo filme, uma aventura emocionante para quem tem interesse pelo assunto. Lembro-me vagamente desse filme, eu era criança quando vi. Sempre me interessei por aventuras, acho esse é um dos motivos que me levaram a cursar História.) Escrito originalmente em 1919, Lawrence perde os manuscritos de Os sete pilares da sabedoria na estação ferroviária de Reading. Uma segunda versão é finalizada no ano seguinte, mas insatisfeito com o resultado o autor a destrói. Em 1926 Lawrence escreve uma terceira versão, revisada por George Bernard Shaw e publicada em uma edição artesanal restrita a amigos e escritores.
É engraçado pensar em homens que se tornaram heróis. Na verdade acho que há algo escondido por trás das ações e feitos dos heróis.
Arriscar a vida por uma causa, por um povo, ou mesmo por uma pessoa não explica o verdadeiro sentimento e o verdadeiro espírito desse herói.
Amor, desejo, paixão, bondade...mas qual é a verdade ? Um herói nunca diz o porque de suas ações. O que ele busca ? Talvez Lawrence da Arábia não tenha conquistado o que realmente desejava. Algo mais nobre que a liberdade de um povo ou uma nação que por muito tempo fora oprimida. Lawrence procurava uma razão, um motivo...
Mais do que as glórias conquistadas, ele procurava algo que homem nenhum jamais possuirá, a Liberdade. Liberdade de corpo, alma e coração, liberdade e paz espiritual, o verdadeiro encontro com o “EU”. A verdadeira sabedoria, a construção de algo real em sua vida. Algo que não pudesse ser destruído ou comprado. Mais do que uma aventura essa obra me faz pensar sobre o desejo humano, sonhos e incertezas. Não se pode perder algo que na verdade nunca se teve.
Thomas Edward Lawrence dá inicio a sua carreira militar, como tenente do serviço secreto britânico no Oriente Médio. Lawrence era arqueólogo e já havia trabalhado à beira do Eufrates. (Lawrence já guardava dentro de si uma paixão e um grande interesse pela cultura árabe)
Sendo escritor, militar e admirador da cultura árabe, Lawrence aproximou-se de Faissal, filho do xarife de Meca e um dos lideres da revolta. Logo o conhecimento e os ideais de Lawrence conquistam Faissal que torna-o seu conselheiro e comandante de um grande exército.
Como articulador ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais. Uma Revolta que só termina com a tomada de Damasco. Após a guerra, Lawrence entra em conflito com o Governo britânico, por apoiar a causa árabe. Pede demissão do Exército; logo Lawrence constata o fracasso de seus ideais. Em 1919 torna-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz em Paris, onde vê antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas, com a divisão dos territórios árabe.
Em 1922 recebe um convite de Winston Churchill para ser conselheiro de assuntos árabes na Conferencia do Cairo. (Lawrence foi um dos homens mais brilhantes de nosso século, diz Winston Churchill). Em 1935 o arqueólogo, escritor e militar morre vítima de um acidente de moto na Inglaterra, ainda hoje afirmam que a morte de Lawrence não fora acidental. (Há muitos mistérios que envolvem a vida de Lawrence, principalmente sobre sua morte e sobre sua verdadeira identidade.) Em 1962 o épico do deserto é levado às telas de cinema. Sob a direção de David Lean, o filme Lawrence da Arábia ganhou sete oscar e a consagração do American Film Institute como um dos dez melhores filmes de todos os tempos. (Esse é um belo filme, uma aventura emocionante para quem tem interesse pelo assunto. Lembro-me vagamente desse filme, eu era criança quando vi. Sempre me interessei por aventuras, acho esse é um dos motivos que me levaram a cursar História.) Escrito originalmente em 1919, Lawrence perde os manuscritos de Os sete pilares da sabedoria na estação ferroviária de Reading. Uma segunda versão é finalizada no ano seguinte, mas insatisfeito com o resultado o autor a destrói. Em 1926 Lawrence escreve uma terceira versão, revisada por George Bernard Shaw e publicada em uma edição artesanal restrita a amigos e escritores.
É engraçado pensar em homens que se tornaram heróis. Na verdade acho que há algo escondido por trás das ações e feitos dos heróis.
Arriscar a vida por uma causa, por um povo, ou mesmo por uma pessoa não explica o verdadeiro sentimento e o verdadeiro espírito desse herói.
Amor, desejo, paixão, bondade...mas qual é a verdade ? Um herói nunca diz o porque de suas ações. O que ele busca ? Talvez Lawrence da Arábia não tenha conquistado o que realmente desejava. Algo mais nobre que a liberdade de um povo ou uma nação que por muito tempo fora oprimida. Lawrence procurava uma razão, um motivo...
Mais do que as glórias conquistadas, ele procurava algo que homem nenhum jamais possuirá, a Liberdade. Liberdade de corpo, alma e coração, liberdade e paz espiritual, o verdadeiro encontro com o “EU”. A verdadeira sabedoria, a construção de algo real em sua vida. Algo que não pudesse ser destruído ou comprado. Mais do que uma aventura essa obra me faz pensar sobre o desejo humano, sonhos e incertezas. Não se pode perder algo que na verdade nunca se teve.
“ Os Sete Pilares da Sabedoria “ é um lúcido relato de uma aventura política, cultural e interior , cuja motivação talvez possa ser resumida numa frase do próprio Lawrence: “ Quando uma coisa estava ao meu alcance, eu não a queria mais. Minha alegria estava no desejo”. - T. E. Lawrence
Espero que tenham gostado desta resenha sobre um dos meus livros favoritos. Para quem não teve a oportunidade de ver o filme curta o trailer aqui: Lawrence Of Arabia
Esta resenha faz parte da Blogagem Coletiva "O livro da minha vida" promovida pelo blog: Fio de Ariadne
Resenha por mim escrita em 2002 e publicada pela, infelizmente, extinta revista virtual: Vetado!
10 comentários:
Se eu gostei da resenha? Caramba, que postagem. Que livro!
Muito obrigada por participar da coletiva, seu post enriqueceu a brincadeira .
Abraço
Mais uma boa dica de leitura, não tinha conhecimento dessa obra que pelos detalhes aqui postados com certeza vale a pena conferir, gostei muito, parabens, beijos guria.
Saudações do Gremista Fanático
Nossa me interessei pelo livro.
Já inclui na lista. Em breve comentaremos sobre.
Beijos
Anja.
Oi Angel,
"A sabedoria sua casa ergueu e os sete pilares lavrou" - isto faz-me lembrar "a mulher sábia sustém a sua casa; mas a louca destrói-a"...a importância da sabedoria é infinita, e é pena que a maioria não procure alcançá-la.
A Revolta Árabe é um interessantíssimo capitulo da história mundial - pena que não se ensine mais sobre ela nas escolas.
E a aliança Britânica depois deu azo à confusão no Médio Oriente (visto que os Britânicos fizeram a repartição da terra como lhes conveio e o resultado está à vista: os Curdos ficaram sem terra - o que originou os ataques constantes na Turquia, até hoje; o solo Israelita foi entregue a países como a Síria, Egipto, Líbano [que ganharam novas fronteiras] etc; os Palestinianos ficaram sem nação, pois os Ingleses levaram-nos a crer algo que não era, para manter a paz no território - então Falestina...etc).
Lawrence era um espião do MI5, numa missão política ao serviço de sua Majestade (e mais não me atrevo a insinuar). E dizem as más línguas que ele se apaixonou por um Turco, razão pela qual se apaixonou tanto pela causa Árabe...verdade, mentira; quem sabe?
Muito bom este artigo, Angel: amei!! E ainda por cima sobre um assunto político pelo qual me interesso imensamente (A Revolta Árabe). Obrigada :D!
Beijos
Excelente post, eu só conhecia a história do Lawrence da Arábia do filme mas agora fiquei interessado em descobrir mais. ;)
Achei bem interessante esta blogagem colectiva e quase tive vontade de interromper o mês dedicado a convidados no meu blogue só para puder participar... somente não o fiz porque tive algum trabalho a organizar tudo e iria desrespeitar os artistas que gentilmente acederam ao meu convite este ano...
Bem, fica para uma próxima. :D
Abraço. :)
Quando peguei este livro a primeira vez nas mãos, achei que fosse algo chato, dado pelo título, pensei em esoterismo, auto-ajuda, religião (rs*) e não foi nada disso! Não que eu não goste destes temas, mas tem hora para tudo!
E os romances históricos estão presentes para além dos enriquecer culturalmente, nos ajuda a compreender a história. E hoje a história se repete e quem viveu mais que um pouco, sabe que em um século pouca coisa mudou.
Boa blogagem!!
Eu conheco bem Laurence da Arábia e foi um super estória.
Muito boa a sua narrativa por aqui.
Abracos
Parabéns pelo post!
Adorei! Você foi contagiante, fiquei com vontade de ler!
Beijos
Cris
Olá!!
€stou passando nos blogues amigos para convidá-los a participar da Blogagem Coletiva sobre “INCLUSÃO SOCIAL” que acontecerá no próximo dia 09/03/2009.
Ficarei muito feliz de poder contar com sua participação!
Se for participar, por gentileza, deixe um recado no blog Esterança.
Desde já, muito grata!
€ster
♥
Lawrence da Arabia foi mesmo um excelente livro. E uma excelente história.
Parabéns pela escolha!
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