sábado, 1 de setembro de 2012

Impreciso


Desconheço suas queixas e, portanto meus erros.

Apenas, penso, sinto, questiono,

E escrevo...

Difícil medida.

Penso em dizer-te inúmeras palavras,

Apenas escrevo-te, e já não basta.

Minhas incertezas e meus medos já não cabem em minhas letras,

Falta algo.

Impreciso!

Desvio, caminho a escolher...

Penso no silêncio, e em uma conversa.

O esclarecer, o pesar,

O valer, e vale muito!

O dar e receber.

Interrogo-me na solidão, em silêncio, no meu quarto,

Falta algo.

Minhas letras se perdem em mim, estão sem sentido e não dou a elas a liberdade,

A magia que se traduz e interpreta.

Minhas verdades, o meu EU...

Aquele encanto!

Comunicação perdida aos poucos.

Interpreto-te sem dom algum,

Escrevo-te e minhas letras já não valem.

Falta algo.

Resolução em questão...

Pergunte-me!

Diga, pois não temo qualquer verdade.

Temo o desencontrar dos sons e das letras,

O descompasso

No amanhã e no seguir dos dias.


CrazyAngel

Um comentário:

Max Coutinho disse...

Oi Angel!

Que poema lindo. Não sabia que escrevias poesias - é um dom.

Gostei da ideia de conhecermos os nossos erros através do outro (das suas queixas). Mas às vezes, numa relação doentia, as queixas não reflectem os erros, os defeitos de umas das partes; mas sim a insatisfação de parte do queixoso.

Lindo, complexo, profundo!

É bom ter-te de volta, querida.

Beijosss :D